terça-feira, 14 de junho de 2016

Inclusão & Acessibilidade

Acesso de deficientes visuais ao cinema é desbravado em pesquisa

Pesquisador explora dificuldades, facilidades e possíveis soluções que envolvem a problemática de tornar acessível a experiência do cinema a quem não enxerga
Por Denis Pacheco
Se para o cineasta Orson Welles o cinema não tinha “fronteiras nem limites”, para boa parte do público, formado por deficientes visuais, seu lugar nas salas ainda é um território que precisa ser conquistado.
Na dissertação Design para acessibilidade: inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema, apresentada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, Diego Normandi procurou explorar dificuldades, facilidades e possíveis soluções para tornar acessível a experiência de cinema a quem não enxerga, com o foco no acesso físico e sensorial, pelo viés do design.
De acordo com o censo demográfico apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, cerca de 45 milhões de pessoas com alguma deficiência estão vivendo no Brasil, dentre as quais 35 milhões são deficientes visuais formação, Normandi se interessou pelo tema quando trabalhava em uma campanha para inclusão de pessoas com deficiência. O então estudante passou, pela primeira vez, a se questionar sobre o acesso a essa experiência – o cinema – por pessoas com deficiência visual.
Com formação publicitária, Normandi se interessou pelo tema quando trabalhava em uma campanha para inclusão de pessoas com deficiência. O então estudante passou, pela primeira vez, a se questionar sobre o acesso a essa experiência – o cinema – por pessoas com deficiência visual. A escolha do design como campo de estudo foi motivada por sua visão específica da área. “Na minha percepção, a publicidade orienta sua atuação no sentido do produto ao ser humano, pois busca, a partir de suas ferramentas, estimular a compra de artefatos por parte dos consumidores”. Já o design, explica, caminha no sentido oposto, com foco no “desenvolvimento de produtos e serviços orientados à necessidade dos indivíduos”. [...]

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