terça-feira, 3 de abril de 2012

Dica Literária

A VIDA IMORTAL DE HENRIETTA LACKS
Rebecca Skloot
Cia. das Letras
454 páginas
Henrietta Lacks era descendente de escravos e nasceu em 1920, numa fazenda de tabaco no interior da Virgínia. Aos trinta anos, casada e mãe de cinco filhos, Henrietta descobriu que tinha câncer. Em poucos meses, um tumor no colo do útero se espalhou por seu corpo. Ela se tratou no Hospital Johns Hopkins, e veio a falecer em 1951. No hospital, uma amostra do colo do útero de Henrietta havia sido extraída sem o seu conhecimento, e fornecida à equipe de George Gey. Gey demonstrou que as células cancerígenas desse tecido possuíam uma característica até então inédita - mesmo fora do corpo de Henrietta, multiplicavam-se num curto intervalo, tornando-se virtualmente imortais num meio de cultura adequado. Por causa disso, as células 'HeLa', logo começaram a ser utilizadas nas pesquisas em universidades e centros de tecnologia. Como resultado, a vacina contra a poliomielite e contra o vírus HPV, vários medicamentos para o tratamento de câncer, de AIDS e do mal de Parkinson, por exemplo, foram obtidos com a linhagem 'HeLa'. Apesar disso, os responsáveis jamais deram informações adequadas à família da doadora e tampouco ofereceram qualquer compensação moral ou financeira pela massiva utilização das células. 'A vida imortal de Henrietta Lacks' reconstitui a vida e a morte desta injustiçada personagem da história da medicina. O livro demonstra como o progresso científico do século XX deveu-se em grande medida a essa mulher negra, pobre e quase sem instrução.

Fonte: http://www.travessa.com.br/A_VIDA_IMORTAL_DE_HENRIETTA_LACKS/artigo/21b7eef6-dad6-4927-8352-0e84655b7d55&pcd=003?gclid=CLzwiIXqmK8CFcOP7QodqBaaWg