quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dia Internacional da Alfabetização - 8 de setembro


O dia 8 de setembro foi declarado em 1967, pela ONU e pela UNESCO, como o Dia Internacional da Alfabetização, com o objetivo de despertar a consciência da comunidade internacional e chegar a um compromisso mundial com relação ao desenvolvimento e à educação.

Há, no mundo, cerca de 880 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever. O desenvolvimento econômico, o progresso social e a liberdade dos seres humanos dependem do estabelecimento de um nível básico de alfabetização em todos os países do mundo.

Fala-se em alfabetização básica, quando uma pessoa sabe ler, escrever e conhece as principais regras de cálculo. Segundo a UNESCO, uma pessoa é analfabeta quando não consegue ler ou escrever uma pequena frase sobre sua vida. No entanto, aos números mencionados acima, podemos adicionar as centenas de milhões de "analfabetos funcionais", pessoas que sabem ler e escrever uma frase simples, mas não vão muito além disso. Por exemplo, não sabem preencher um formulário, interpretar um artigo de jornal ou usar os números na dia-a-dia.

Talvez a definição mais correta de alfabetização seja do pedagogo brasileiro Paulo Freire: "A alfabetização é mais, muito mais, que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta do conhecimento".

Fonte: http://www.igeduca.com.br/biblioteca/que-dia-e-hoje/dia-internacional-da-alfabetizacao.html


Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova, por ocasião do Dia Internacional da Alfabetização, 8 de Setembro de 2011

Este ano, o Dia Internacional da Alfabetização tem foco especial no relacionamento entre alfabetização e paz.

A paz duradoura fundamenta-se no respeito aos direitos humanos e à justiça social.

A alfabetização, base da educação e aprendizagem ao longo de toda a vida, constitui um desses direitos.

A alfabetização é pré-requisito para a paz, visto que acarreta vários benefícios nas esferas humana, cultural, social, política e econômica.

Na sociedade moderna, impulsionada pelo conhecimento, o analfabetismo é mais do que nunca sinônimo de exclusão e marginalização.

Segundo as estatísticas mais recentes, de 2009, 793 milhões de adultos carecem de alfabetização básica, a maioria mulheres e crianças. Mais 67 milhões de crianças em idade escolar não estão matriculadas e 72 milhões de adolescentes também estão sendo privados da educação, correndo o risco de se criar uma nova geração de analfabetos.

Essa situação inaceitável impede todos os esforços para reduzir a pobreza e estimular o desenvolvimento humano.

Ela representa um abuso dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, além de ser uma ameaça à paz e à segurança internacional.

A alfabetização acelera o desenvolvimento e é uma força em prol da paz.

Primeiro, a alfabetização dá maior autonomia aos indivíduos, permitindo a capacitação e a confiança necessárias para buscar informações importantes e fazer escolhas esclarecidas, que têm impacto direto em suas famílias e comunidades.

Segundo, a alfabetização é condição imprescindível para que indivíduos participem de forma eficaz nos processos democráticos, tenham uma voz nas organizações comunitárias, ganhem conhecimento político e, portanto, contribuam para a formulação de políticas públicas de qualidade.

Em terceiro lugar, programas de alfabetização fortalecem a compreensão mútua ao permitir que pessoas compartilhem ideias, expressar, preservar e desenvolver a identidade cultural e a diversidade.
Nenhum país pode estabelecer condições duradouras para a paz caso não encontre meios de estabelecer confiança mútua entre seus cidadãos por intermédio de sistemas inclusivos de educação que promovam entendimento recíproco, respeito, tolerância e diálogo.

É fundamental integrar a alfabetização ao processo de construção de paz para plantar as sementes da paz, estimular diálogo e reconciliação e dar aos jovens e aos adultos a qualificação necessária para buscar um emprego digno.

O Prêmio Internacional de Alfabetização 2011 reconhece programas inovadores, que demonstram o papel central da alfabetização na promoção dos direitos humanos, da igualdade de gênero, resolução de conflitos e diversidade cultural. Todos os programas destacam que, até nas condições mais adversas, programas de alfabetização de boa qualidade funcionam e resultam em mudanças permanentes nas vidas de jovens e adultos.

Investir em programas de alfabetização é sensato bem como fundamental para o desenvolvimento. A Alfabetização é um componente chave dentre as estratégias para a promoção do desenvolvimento sustentável e a paz. É fundamental para o êxito da Educação para Todos e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O mundo precisa, urgentemente, de maior compromisso político em relação à alfabetização, amparado por recursos adequados para aumentar os programas eficazes. Hoje, peço aos governos, às organizações internacionais, à sociedade civil e ao setor privado que priorizem a alfabetização, para que todos possam desenvolver seu potencial e participar ativamente da criação de sociedades justas, sustentáveis e pacíficas.

  

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