A conquista dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) pelo Brasil até 2030 depende de parcerias e da cooperação entre governos, sociedade civil, academia e setor privado, inclusive no âmbito municipal.
Essa foi a conclusão de participantes do “IV Seminário sobre a Localização dos ODS no Brasil: Parcerias para Integrar, Inovar e Incluir”, realizado nesta sexta-feira (26) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
A conquista dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) pelo Brasil até 2030 depende de parcerias e da cooperação entre governos, sociedade civil, academia e setor privado, inclusive no âmbito municipal.
Essa foi a conclusão de participantes do “IV Seminário sobre a Localização dos ODS no Brasil: Parcerias para Integrar, Inovar e Incluir”, realizado nesta sexta-feira (26) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Aprovada em 2015 pelos países-membros da ONU, a Agenda 2030 é um conjunto de objetivos que devem ser atingidos pelas nações nos próximos 15 anos que incluem erradicação da pobreza, redução das desigualdades, combate às mudanças climáticas, entre outros.
“A Agenda 2030 demanda parcerias por conta de sua abrangência e, por isso, precisamos de todos os atores” da sociedade, disse o diretor de país do PNUD, Didier Trebucq, em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio), durante o evento.
“Nesse sentido, o PNUD no país oferece assessoria técnica para monitoramento e avaliação das políticas públicas, apoiando estados e municípios na implementação de ações aceleradoras para os ODS”, completou.
Quarto de uma série de cinco eventos pelo país, o seminário desta sexta-feira teve como foco o fomento de parcerias multissetoriais, bem como o financiamento para acompanhamento e avaliação de impacto de políticas e ações voltadas ao desenvolvimento sustentável.
“Visualizo dois caminhos possíveis para os próximos anos: o primeiro, que é o que conhecemos, do business as usual, do crescimento econômico que não resolve plenamente os desafios da desigualdade e da sustentabilidade. O segundo caminho é o dos ODS”, afirmou Trebucq durante a abertura do seminário.
Diretor de planejamento do BNDES, Vinicius Carrasco, declarou que todos os ODS estão em linha com a missão do banco. “A nossa priorização da inovação e do desenvolvimento sustentável se manifesta em nossas políticas operacionais”, disse.
“Atividades de inovação, de energia limpa e de desenvolvimento sustentável de maneira mais ampla levam as melhores condições em nossas políticas operacionais. Nosso guia sobre o que financiamos e como financiamos denota nosso compromisso com essas atividades”, completou.
Durante o seminário, foi anunciada também uma parceria entre o BNDES, a empresa de energia ContourGlobal, o parque eólico Chapada do Piauí I e o PNUD, com o objetivo de fortalecer políticas que acelerem a implementação da Agenda 2030 no estado.
“Nossa parceria com o PNUD manifesta-se de maneira clara na apreciação da diretoria do BNDES na próxima semana de um projeto da ContourGlobal de 2,5 milhões de reais para adoção de uma agenda de desenvolvimento sustentável no estado do Piauí”, afirmou o diretor da instituição financeira.
Na opinião do secretário nacional de Articulação Social, Henrique Villa, a Agenda 2030 é uma oportunidade para o Estado brasileiro pensar no longo prazo, para “além de quatro anos”.
“Nosso horizonte de planejamento é sempre de quatro anos, a cada governo. A Agenda 2030 nos dá a oportunidade de olhar para 2030. É uma mudança de modus operandi. Os governos vão ter que ter compromisso com a Agenda 2030”, declarou.
Segundo ele, a cooperação entre setores e instituições será importante, especialmente no âmbito regional e local. “A Agenda 2030 se realiza nos estados e, sobretudo, nos municípios. É um processo coordenado entre esferas de governo, da sociedade civil, no território”, disse.
A Secretaria de Governo, da qual faz parte a Secretaria Nacional de Articulação Social, compõe a Comissão Nacional para os ODS. Criado em outubro do ano passado, o organismo tem a missão de estimular a participação social no cumprimento das metas da ONU, além de garantir transparência na sua implementação.