Especialista independente das Nações Unidas indicou
que existe o risco de as religiões estatais promoverem a discriminação ou
alienação de minorias de outras religiões.
Joyce de Pina, Rádio ONU em Nova Iorque.
Um especialista independente das Nações Unidas para os direitos humanos advertiu, nesta terça-feira, num relatório apresentado em Genebra, que as religiões estatais pelos estados podem provocar discriminações e alienações em relação às outras religiões minoritárias.
A declaração foi feita por Heiner Bielefeldt, também relator especial para a crença e liberdade religiosas. Bielefeldt apresentou ao Conselho de Direitos Humanos, o último relatório sobre liberdade religiosa ou crenças e assuntos relacionados com reconhecimento das religiões.
Religiões oficiais
O especialista pediu aos governo em todo o mundo para assegurarem que as “religiões oficiais” não discriminam as comunidades que professam outras fés dentro das jurisdições nacionais. O perito sublinhou ainda o perigo de se utilizar a “religião oficial” para definir as políticas relacionadas com identidades nacionais.
O respeito pela liberdade religiosa é um direito humano que não depende de registos administrativos, recorda Bielefeldt, já que é um direito que existe independentemente de quaisquer aprovações estatais.