segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Quando o assunto é sensibilizar a razão...

Conheça a letra em 


SUS passa a oferecer terapias alternativas para a população

Tratamento

Serviços são oferecidos por iniciativa local e recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município
Sistema Único de Saúde (SUS) agora oferece terapias alternativas, como meditação, arteterapia, reiki, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático e tratamento quiroprático.
Por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) , o Ministério da Saúde reconhece oficialmente a importância das manifestações populares em saúde e a chamada medicina não convencional, considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem.
Os serviços são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município.
“O campo das práticas integrativas e complementares contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar”, diz nota do ministério.
Para o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Nuno, a medida será útil para o desenvolvimento de programas para formação de trabalhadores e investimentos na área.
“O que a gente está colocando é a possibilidade de realização e registro no sistema de informação do ministério para reconhecer formalmente esse tipo de procedimento no SUS e monitorar as ações, a partir disso, vamos conseguir inclusive desenvolver ações de formação dos trabalhadores”, disse Nuno.
De acordo com o diretor, não é necessariamente o médico que prescreve esses procedimentos. “Por exemplo, a homeopatia, para você ser habilitado a fazer você pode ser médico, enfermeiro, fisioterapeuta, professor de educação física.”
Algumas terapias já eram oferecidas na categoria “práticas integrativas”, como práticas corporais em medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular, ioga, oficina de massagem, auriculoterapia, massoterapia e tratamento termal.
De acordo com a OMS, terapia alternativa significa que ela é utilizada em substituição às práticas da medicina convencional, já a terapia complementar é utilizada em associação com a medicina convencional, e não para substituí-la. O termo integrativa é usado quando há associação da terapia médica convencional aos métodos complementares ou alternativos a partir de evidências científicas.
“Historicamente, a gente focou muito no médico e na alopatia. A gente tem essa cultura, sentiu qualquer coisa, procura o médico, e ele passa um remédio. Mas existem outras terapias reconhecidas pela ciência que diminuem sofrimento e melhoram as condições de saúde. A gente não privilegiava tanto essas alternativas, e passamos agora a privilegiar mais”, afirmou Nuno.
Saiba mais sobre esses tipos de terapia:
Meditação
A palavra “meditação” vem do latim “meditatum”, que significa ponderar. Trata-se da prática de concentração mental com o objetivo de harmonizar o estado de saúde.
Arteterapia
Faz uso da arte como parte do processo terapêutico.
Reiki
A técnica japonesa se baseia na prática de imposição das mãos por meio de toque ou aproximação para estimular mecanismos naturais de recuperação da saúde.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisas e Difusão do Reiki, o método é um sistema natural de harmonização e reposição energética que mantém ou recupera a saúde. É um método de redução de estresse, captando, modificando e potencializando energia.
Musicoterapia
Usa a música e seus elementos como terapia, o som, ritmo, melodia e harmonia.
Tratamento naturopático
É o uso de recursos naturais para recuperação da saúde. A naturopatia encara a doença como um processo: a prevenção, o combate das causas das doenças e a estimulação da inerente capacidade de cura do organismo. O método valoriza a integração das áreas da saúde, as terapias naturais, como também a inata "sabedoria" do corpo humano, determinada pelos genes e a evolução da espécie, para auxiliar no restabelecimento da saúde.
Tratamento osteopático
É uma terapia manual para problemas articulares e de tecidos. A Osteopatia é fundamentada no exame clínico, por meio da anatomia, fisiologia e semiologia. Essa técnica é indicada para alterações dolorosas no sistema musculoesquelético, como é o caso das lombalgias, cervicalgias, hérnias de disco, dores de cabeça e nas articulações, alterações de sensibilidade e limitações articulares.
Tratamento quiroprático
É a prática de diagnóstico e terapia manipulativa contra problemas do sistema neuro-músculo-esquelético. O objetivo do método é avaliar, identificar e corrigir as subluxações vertebrais e os maus funcionamentos articulares, que podem causar irregularidades no mecanismo da coluna e na função neurológica.
Em vez de prescrever medicação, o profissional de quiroprática busca o funcionamento correto da mecânica do corpo e a nutrição adequada. O objetivo é corrigir a causa do problema, e não os sintomas.

Tabagismo custa US$ 1 trilhão e em breve vai matar 8 milhões por ano, diz estudo da OMS

10/01/2017 - O tabagismo custa à economia global mais de US$ 1 trilhão por ano, em gastos com saúde e perda de produtividade, e até 2030 matará cerca de 8 milhões anualmente até 2030, um terço a mais de pessoas do que agora. A informação é de estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos publicado nesta terça-feira (10) e revisado por mais de 70 especialistas.
O custo estimado supera amplamente as receitas globais com os impostos sobre o fumo, que a OMS estimou em cerca de US$ 269 bilhões em 2013-2014. "O número de mortes relacionadas ao tabaco deverá aumentar de cerca de 6 milhões de mortes para cerca de 8 milhões anualmente até 2030, sendo que mais de 80% delas vão ocorrer em países de baixa e média renda", diz o estudo.
Cerca de 80% dos fumantes vivem nesses países e, embora a prevalência de tabagismo esteja caindo entre a população global, o número total de fumantes em todo o mundo está aumentando, afirma o estudo. Especialistas em saúde dizem que o uso do fumo é a maior causa evitável de morte globalmente.

Câncer infanto-juvenil é tema do Dia Mundial do Câncer 2017


26/01/2017 - A campanha do INCA para o Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) deste ano tem como tema o câncer infanto-juvenil.  No Brasil, o câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes, sendo superada somente pelos acidentes e mortes violentas. Entre 2009 e 2013, o câncer foi responsável por cerca de 12% dos óbitos na faixa de 1 a 14 anos, e 8% de 1 a 19 anos. No Brasil, foram registradas 2.724 mortes por câncer infanto-juvenil em 2014 (ano mais recente com informações compiladas).
Durante o a cerimônia comemorativa, na sexta-feira, 3, na sede do INCA, no centro do Rio de Janeiro, será lançado pelo Instituto o livro Incidência, mortalidade e morbidade hospitalar por câncer em crianças, adolescentes e adultos jovens no Brasil: informações dos registros de câncer e do sistema de mortalidade. A publicação trará a inclusão inédita das informações sobre morbidade hospitalar, e da faixa etária de 20 a 29 anos (adultos jovens). A base de dados vem das informações sobre incidência (coletadas por 25 Registros de Câncer de Base Populacional-RCBP), mortalidade (registradas no Sistema de Informação sobre Mortalidade-SIM/Ministério da Saúde), e de morbidade hospitalar (provenientes dos Registros Hospitalares de Câncer-RHC).
O INCA estima a ocorrência de 12.600 novos casos de câncer na faixa etária de zero a 19 anos em 2017. O chamado câncer infanto-juvenil inclui, na verdade, vários tipos de câncer. As leucemias representam o maior percentual (26%), seguida dos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (SNC) (13%).
O Dia Mundial do Câncer é uma iniciativa da UICC, uma organização não governamental que une a comunidade internacional com o objetivo de reduzir a carga global do câncer, para promover uma maior equidade, e para integrar o controle da doença na saúde mundial e na agenda de desenvolvimento.
Fundada em 1933 e com sede em Genebra, conta com a adesão de mais de 800 organizações em 155 países, entre elas as principais sociedades de câncer do mundo, ministérios da saúde, institutos de pesquisa, centros de tratamento e grupos de pacientes. A Direção-Geral do INCA integra seu corpo diretivo, que se reúne duas vezes ao ano, para traçar planos e avaliar projetos em andamento.
A campanha do INCA para o Dia Mundial do Câncer 2017 tem como o mote a frase “Nós Podemos Eu Posso", sugerida pela UICC para ser trabalhada entre os anos de biênio 2016 e 2018. 
Saiba mais sobre o câncer infanto-juvenil no hotsite da campanha.

Dança e Corpo: A Poesia do Verbo Dançar


UFRJ: Projeto Alunos Contadores de Histórias abre nova turma

Estão abertas as inscrições para o projeto de extensão Alunos Contadores de Histórias. O grupo seleciona e capacita, a cada período, 70 novos voluntários para levarem a alegria e a magia dos livros infantis às crianças do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), localizado na Cidade Universitária.
Segundo Regina Fonseca, uma das coordenadoras, a iniciativa tem dois grandes objetivos “queremos trazer para o espaço hospitalar um momento de descontração, alegria e entrosamento e oferecer um contato literário para as crianças. Nossa grande preocupação é que elas tenham contato com o livro. Ele é sempre nossa ferramenta e nosso tesouro".
Mas os benefícios não são só para os pequenos. Os alunos também aprendem muito. Carolina Ponce, estudante de Defesa e Gestão Estratégica Internacional e apoiadora do projeto, se surpreendeu com o poder da leitura. “A gente entra pensando em ajudar a criança, mas o retorno pessoal é bem maior. Acabamos dando mais valor para algumas coisas da vida.”
Os únicos requisitos são possuir matrícula ativa nos cursos de graduação ou pós da UFRJ e ter disponibilidade para comparecer em todas as etapas da seleção. As inscrições vão até 12h do dia 14/2 na página do projeto. A palestra de apresentação acontece em 18/2, quando será exposto o calendário completo. Em nove anos, o projeto já recebeu quase 900 alunos e atendeu milhares crianças.
Redação: Adânia Souza - Bolsista CoordCom

UFMG: Novo curso de língua catalã tem inscrições abertas no Cenex da Letras


Estão abertas, até o dia 8 de março, as inscrições para o novo Curso de Língua Catalã oferecido pelo Centro de Extensão da Faculdade de Letras (Cenex/Fale). As aulas, que serão ministradas pela professora Anna Subarroca, do Instituto Ramon Llull, terão início no dia 9 de março e se encerrarão em 8 de abril.
As aulas, com exceção da primeira (na quinta feira, 8 de março, das 17h às 18h40), serão realizadas às sextas-feiras, das 13h30 às 17h45, e aos sábados, das 8h30 às 12h45. Serão 52 horas-aula.
São oferecidas 23 vagas, duas delas reservadas a alunos assistidos pela Fump, que receberão bolsa integral. O valor é de R$258, e é possível fazer o pagamento em duas parcelas de R$132 – a primeira no ato da matrícula e a segunda no dia 4 de março.
Interessados podem se inscrever por meio deste link. Mais informações podem ser obtidas no site do Cenex/Fale ou pelo telefone (31) 3409-4220.

Educação & tecnologia

Projeto Semente incentiva crianças a trabalhar com tecnologia

Iniciativa de estudantes de engenharia de São Carlos desenvolve potencial de alunos da rede pública
Por  - Editorias: Extensão
Tecnologia e empreendedorismo são duas palavras cada vez mais presentes no cotidiano dos jovens. Mesmo assim, nem todos têm acesso ou condições de colocar em prática esses conceitos. Com isso em mente, alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP iniciaram em 2014 o projeto Semente, em parceria pedagógica com outro projeto da Universidade, o Pequeno Cidadão.
O Pequeno Cidadão, que atualmente atende 220 crianças, existe desde 1996 e é uma iniciativa da USP em São Carlos com patrocínio da empresa de prestação de serviços profissionais KPMG. O objetivo é complementar a formação e a educação de alunos da rede pública da cidade com idades entre 10 e 14 anos por meio de atividades esportivas e culturais, além de dar reforço em áreas como matemática e português.
Leonardo Ruli, estudante de Engenharia de Produção na EESC, é um dos fundadores do projeto Semente, que desde o princípio atuou em conjunto com o Pequeno Cidadão. “Eles trabalham exatamente com a faixa etária pela qual nos interessávamos, e nosso projeto traria para as crianças do Pequeno Cidadão uma nova área de conhecimento: a tecnologia. Então conversamos e eles gostaram da ideia e abriram esse espaço para nós. É uma parceria muito proveitosa”, afirma. [...]


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível". Mahatma Gandhi

Ei! Qual é mesmo o mal do mundo???


Por Alessandra Leles Rocha



Parece-me, cada vez mais real, que o século XXI não seja o dos grandes avanços e melhorias para a população mundial; sobretudo, no que diz respeito aos Direitos Humanos. Em cada canto do planeta emergem notícias de violações contra esses direitos e que expõe, ao contrário do que muitos possam pensar, a vulnerabilidade em que se encontra o ser humano, independentemente, a qual grupo social ele esteja inserido.
Isso significa o mais amplo processo de “insignificação humana”, ou seja, a vida de determinados indivíduos pode ser estratificada em mais ou menos importante; portanto, a sua manutenção passa a correr risco permanente. E curiosamente, essa ideologia não conta com o apoio restrito de grupos que almejam algum tipo de dominação política, econômica ou social; mas, também, dentro do próprio segmento a ser “insignificado”.
A matéria publicada hoje, em diversos veículos de informação 1, a respeito da nova lei russa, que trata sobre a violência doméstica, é um bom exemplo para a nossa reflexão. Não se trata de dizer isso, tomando como base o fato da violência doméstica atingir sobremaneira as mulheres, como já presenciamos em nosso próprio país.   
A questão está, primeiramente, no fato de que a referida lei contou com apoio de deputadas ligadas ao governo russo. De certa forma, isso é um indicador de que por detrás da violência contra a mulher não está somente o homem, mas muitas delas; as quais reafirmam (conscientes ou não) os discursos históricos da inferioridade feminina e o papel secundário que exercem na construção social do mundo.
Para tal ação afirmativa, os contrários a igualdade de gênero se valem na maioria das vezes dos preceitos religiosos e de questões culturais, para que a força natural da evolução humana não seja capaz de extinguir essa “insignificação” feminina e nem, tampouco, seja capaz de estimular a criação de um ambiente favorável, de modo que todos possam desfrutar do empoderamento social com a mesma justiça e dignidade.
Depois, porque uma legislação que expõe a própria violência ao caminho da descriminalização é, sem dúvida alguma, um precedente ilimitado para o afloramento cada vez mais extensivo da barbárie, sob suas mais diversas faces.
Na medida em que estratificamos a violência em níveis toleráveis e não toleráveis, puníveis ou não puníveis, não fazemos outra coisa senão negar que a violência existe; posto que, sua aceitação passa a estar atrelada a percepção e aos valores individuais de cada um, ou seja, o que é violência para mim pode não ser para você.
Infelizmente, em muitas situações mundo afora, o que inclui o Brasil, já é exatamente isso o que ocorre. Vítimas carregam sozinhas o flagelo da sua dor e do seu desamparo diante da flexibilização da violência. Dessa forma, o eco da impunidade se propaga silencioso ao mesmo tempo em que retumba através das estatísticas.
No entanto, a lástima que nos incomoda diante desse modus social vigente não se restringe aos aspectos morais envolvidos. Sim, eles são graves e importantes; mas, não são tudo diante dos desdobramentos sociais.
Afinal de contas, a violência se eterniza no ato da prática, o que significa que independentemente do tipo exercido contra o indivíduo, as marcas deixadas, sejam elas visíveis ou não, jamais serão esquecidas. Isso porque, a violência atinge antes de qualquer outro aspecto humano, o sistema nervoso e, por consequência, as emoções.
Desse modo, pessoas vítimas de quaisquer tipos de violência tornam-se predispostas a desencadear ao longo da vida inúmeras doenças, incluindo desordens psicoemocionais, tais como transtornos de ansiedade e depressão. Sendo que, a própria Organização Mundial de Saúde (OMS), manifestou em 2014 que a “Depressão já é a doença mais incapacitante” 2, pois atinge cerca de 7% da população mundial.
Então, aos desavisados que andam propagando a intolerância, a desagregação, o desrespeito,... enfim, a violência em geral, por aí, o resultado não se resume na explosão descompensada de conflitos; mas, no surgimento de uma legião economicamente ativa de pessoas, as quais encontram-se incapacitadas para se juntar as forças de trabalho e progresso mundial.
Nesse sentido, esses 7% de pessoas tornam-se, então, dependentes de políticas assistencialistas governamentais e não governamentais para garantir sua qualidade de vida e dignidade. Pois é! Vejam o que resulta da ignorância e do radicalismo!
Homens, mulheres, brancos, negros, gays,... boas e más ideias circulam pelo universo do inconsciente coletivo; portanto, o fundamental está na cautela em  sair propagando por aí essa ou aquela ideia. Mesmo porque, a vida é um eterno desdobramento de ações, cujos resultados podem nos fazer colher verdadeiras desgraças ao longo do tempo; as quais nem tenhamos oportunidade de desfazer a contento. Segundo o médico e escritor irlandês do século XVIII, Oliver Goldsmith, “Não nos deixemos criar males imaginários, quando sabemos que temos tantos outros reais para enfrentar”. Então...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

CRÔNICA DA SEMANA

Seletividade do pensamento... Arbitrariedade do pensamento...  


Por Alessandra Leles Rocha


Em um mundo de profundos e constantes acontecimentos, nem sempre eles se comunicam tão diretos como se pode pensar. Não raras as vezes em que se processam, eles se escondem na sutileza dos detalhes ou nas entrelinhas dos discursos; mas, nem por isso deixam de ser menos avassaladores e cruéis. No entanto, a maioria nos passa despercebida; inclusive, aqueles mais próximos de nós.
Sim, apesar de dotados de inteligência e capacidade de pensamento e reflexão, nem todos os seres humanos fazem bom uso dessa engenhosidade biológica. Olham; mas, não enxergam. Escutam; mas, não ouvem. Leem; mas, não entendem. Verbalizam; mas, não falam. Enfim, distam de uma boa conexão com o mundo que os cerca para abstrair os elementos estruturais da sua compreensão e raciocínio lógico.
Há muitas razões para isso, inclusive de ordem médica e psicológica; mas, quero me ater nesse momento, apenas ao ponto de vista de certa “displicência seletiva”. Afinal de contas, é certo de que a vida flui e dela nem tudo se pode aprender e apreender. Sendo assim, aqui e ali vamos selecionando os interesses e dando a eles maior ou menor importância.
No entanto, mesmo tomando essa atitude de priorizar, de repente é possível perceber que essa tal seletividade nos deixa em uma situação bastante delicada, em relação à nossa compreensão da vida e do mundo. Como se nossas opiniões passassem, então, a emergir de terrenos rasos e inconsistentes, incapazes de se conectar de maneira mais ampla e coerente com outros acontecimentos.
Assim, não é a toa que vemos pessoas se horrorizarem, por exemplo, com a miséria e a pobreza na África subsaariana e não se indignarem na mesma proporção com retratos semelhantes colhidos entre a população miserável ainda existente no Brasil. Ou não conseguirem correlacionar os elevados números da violência nacional com aqueles estampados em zonas de guerra formalmente estabelecidas em outros países do mundo. ...Ora, mas na medida em que o planeta é povoado por seres humanos, por que suas carências e mazelas podem ser compreendidas de maneira tão distinta?
Os caminhos pelos quais os problemas de cada lugar percorrem podem, sim, variar segundo a diversidade de conjunturas presentes. Porém, o resultado final de cada um deles será sempre o mesmo. Pode ser a fome. Pode ser a miséria. Pode ser a corrupção. Podem ser as epidemias. Pode ser a violência. Pode ser... Ainda que cada ser humano seja único, o dia a dia de todos impõe a necessidade da sobrevivência.
Então, essa distorção na nossa compreensão se torna muito grave, muito perigosa. Ao tentarmos nos distanciar da própria realidade, como se ela não existisse e só conseguíssemos perceber o que não nos faz fronteira, estamos invisibilizando e negligenciando a importância de nossas ações e comprometimento quanto a esses fatos. Contrariando a opinião de muitos que gostariam de ver o mundo se transformar sozinho; ele depende dos esforços de cada um de nós, de um arregaçar de mangas diário e repleto de consciência, de reflexão.
Entretanto, não bastasse a seletividade nesse contexto, a humanidade ainda enfrenta a arbitrariedade do pensamento. Isso significa que milhares de pessoas se afirmam socialmente a partir do exasperamento de suas convicções e ideologias, ou seja, o prisma da verdade, ou do certo, ou do ideal, é unifocal. Não há compartilhamento, discussão, negociação, ou busca por um denominador comum, tornando a vida uma via de mão única.
Nesse caminho, a sociedade vai sendo gradativamente conduzida ao seu próprio silenciamento; na medida em que passa a se abster de analisar e discutir criticamente o seu cotidiano individual e coletivo. Surge, então, um movimento de alienação travestido por milhares de afazeres, de muita pressa, de muito virtualismo tecnológico,... o qual tende a nos apartar de nós mesmos e da realidade; como se nos sentíssemos melhor por nos rendermos ao chamado “efeito manada”, quando nos entregamos ao fluxo do pensamento, das escolhas, dos desejos de um coletivo qualquer. E tudo é tão “sutil”, que mesmo nessa situação de “obediência preestabelecida” continuamos acreditando em uma falsa sensação de sermos convocados a interagir, a opinar, a decidir.
Portanto, é assim que nossa identidade está sendo desconstruída. Estamos “desalfabetizando” nossa capacidade intelectual e nos deixando a mercê das incertezas e devaneios que venham bater à porta da nossa razão. Quanto mais seletivizamos o nosso pensamento mais nos vulnerabilizamos pela arbitrariedade do pensamento. É, por isso, que se torna tão fundamental acordar dessa letargia antes que tamanha manipulação do inconsciente nos faça esquecer quem somos e o que é realmente importante.

Índice calcula consumo de alimentos que protegem o coração

Sistema atribui pontuação e permite acompanhar a adequação da dieta à saúde cardíaca

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP desenvolveu um índice para medir a adequação das dietas às orientações do Programa Alimentar Cardioprotetor Brasileiro (DICA Br), estudo realizado em parceria entre o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração (HCor) e o Ministério da Saúde. O trabalho da nutricionista Jacqueline Silva baseou-se na classificação do DICA Br, que separa os alimentos cardioprotetores dos que trazem maior risco de doenças cardiovasculares. A partir desses grupos, foi elaborado um sistema de pontos que permite acompanhar a adequação da dieta às orientações do programa em um software de computador.
Jacqueline explica que a alimentação é um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares, principal causa de morte e incapacidades no Brasil. “Os padrões alimentares conhecidos como cardioprotetores são de difícil adesão, pois são compostos por alimentos que, além de não estarem acessíveis e disponíveis no País, também não fazem parte do hábito alimentar do brasileiro”, afirma. Entre esses alimentos estão o salmão, o azeite de oliva e as nozes.
Alimentos cardioprotetores geralmente são aqueles ricos em nutrientes protetores, tais como fibras, vitaminas e minerais antioxidantes, compostos bioativos, e pobres em nutrientes associados com risco cardiovascular, entre eles sódio, gordura saturada, gordura trans, colesterol, açúcar refinado. “De um modo geral, pode-se dizer que os alimentos cardioprotetores são frutas, verduras, legumes, leite e iogurte desnatados, feijão e leguminosas”, acrescenta a nutricionista.[...]

Educação...

Professores da rede básica conhecem práticas para renovar ensino


Encontro USP-Escola promoveu atualização de professores de diversas disciplinas do ensino fundamental e médio
Por  - Editorias: Universidade
Recursos multimídia para as aulas de química orgânica, uso de games no ensino de ciências e roteiros em museus para aprender fora da escola. O trabalho de quem leciona no ensino fundamental e médio pode ser enriquecido com práticas e abordagens diversas que ajudem a dar conta das demandas da sala de aula. Para promover a troca de experiências e atualizar estes profissionais, acontece desde 2007 o Encontro USP-Escola, uma semana inteira de cursos gratuitos envolvendo várias disciplinas.
A edição deste ano, realizada entre os dias 16 e 20 de janeiro, trouxe, pela primeira vez, cursos voltados à área de humanas, que eram pedidos constantemente pelos participantes. Outra novidade foi o curso de educação especial, que também tinha demanda alta, devido à dificuldade relatada pelos professores em promover a inclusão adequada de crianças com dificuldades motoras e intelectuais.[...]

Férias no Butantan - 24 a 29 de janeiro de 2017

​24 a 29 de janeiro de 2017

Em mais uma edição, a programação de férias no Butantan traz um conjunto de atividades gratuitas que aliam diversão e ciência em formatos variados, atendendo crianças, jovens e adultos, entre os dias 24 e 29 de janeiro.​

Atividades



24, 25 e 26 de janeiro

terça a quinta-feira

​​Jogos e desenhos
​Construindo seu micróbio
Oficina de origami 

​Café científico 
​Mão na cobra
​27, 28 e 29 de janeiro

sexta-feira a domingo

A descoberta de Sofia no mundo dos micróbios
​Caminhada histórica
​Do veneno ao soro: extração do veneno de serpentes
​​Filmes
29 de janeiro

domingo

#PartiuButantan
​​IMPORTANTE
Todas as atividades são gratuitas.
Toda a programação está sujeita a alterações.
Em caso de lotação nos museus a entrada será controlada.​
Ao vir para a semana de férias, dê preferência ao transporte público. Apesar de o Parque contar com área para estacionamento, nossas vagas são limitadas e a procura nessa época é muito grande. 

Estação de metrô mais próxima
Estação Butantã – Linha amarela

Linhas de ônibus

715M-10 Jd. Maria Luiza / Lgo. Da Polvora

715M-21 Jd. Maria Luiza / Metrô Butantã
719R-10 Rio Pequeno / Metrô Barra Funda
775A-10 Jd. Adalgiza / Pinheiros
775V-10 Rio Pequeno / Itaim Bibi
778J-10 Jd. Arpoador / Metrô Barra Funda
8019-10 Parque Continental / Metrô Butantã
8021-10 Jd. Maria Luiza / Butantã
8027-10 Vila Dalva / Butantã
809R-10 Rio Pequeno / Terminal Pinheiros
809V-10 Vila Gomes / Paulista
8705-10 Shopping Continental / Anhangabau
8705-51 Pq Continental / Anhangabau
8707-10 Rio Pequeno / Terminal Princesa Isabel
8707-21 Rio Pequeno / Butantã